A queda de consumo nas residências, em fevereiro de 2015, é a primeira desde abril de 2008, ressaltou a EPE
A queda de 2,2% no consumo de energia elétrica em fevereiro deste ano, comparado a fevereiro do ano passado, reflete retração de demanda em todas as classes de consumidores. A constatação é da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que divulgou ontem a Resenha do Mercado de Energia Elétrica, referente a março, segundo a qual o consumo fechou o mês passado em 40.489 gigawatts-hora (GWh).
Segundo a resenha, nas residências e no setor comercial, que vinham sustentando o crescimento do consumo total dos meses anteriores, a queda foi 0,9% e 1%, respectivamente, concentrada nas regiões Sudeste e Sul.
De acordo com a empresa, contribuíram para o resultado o menor número de dias úteis do mês de fevereiro de 2015, por causa do carnaval, as temperaturas um pouco mais baixas deste ano do que as de 2014 e a retração da atividade econômico. A queda de consumo nas residências em fevereiro de 2015 é a primeira desde abril de 2008, ressaltou a EPE.
A retração na atividade econômica afetou significativamente o consumo industrial, que seguiu em declínio (-4,6%), refletindo-se ainda no consumo apurado no mercado livre, que caiu 5,6%. Segundo a EPE, a queda no consumo industrial ocorreu em todas as regiões, mas foi concentrada também nas regiões Sudeste e Sul.
“O setor metalúrgico, que mais consome energia elétrica, também foi o que apresentou a maior retração (-17%). Os estados mais afetados nesse setor foram São Paulo (-15%), Minas Gerais (-24%), Pará (-6%) e Maranhão (-50%)”, diz o relatório.
Nas duas regiões, o consumo encolheu em todos os estados. Nas demais regiões, o consumo cresceu a taxas que ainda podem ser consideradas altas: no Norte, a expansão foi 5,8%; no Nordeste, 6,2%; e no Centro-Oeste, 4,9%.
A queda apurada em fevereiro no consumo faturado de energia em baixa tensão é a primeira desde abril de 2008, quando houve redução de 0,4%. Contudo, as razões que levaram ao resultado, concentrado também nas regiões Sudeste e Sul, não autorizam ainda associá-lo ao recente aumento das tarifas, embora já vigorasse o sistema de bandeiras tarifárias.
De acordo com a EPE, apenas nos próximos meses, o consumo de energia deverá refletir as novas tarifas extraordinariamente revisadas e, em alguns casos, acrescidas do aumento ordinário, referente ao aniversário do contrato de concessão.
2015 - A redução da expectativa do crescimento econômico – refletindo cortes nos gastos públicos –, a elevação da taxa de juros, a contração do crédito, a reprogramação dos investimentos e a elevação das tarifas de energia elétrica deverão fazer com que o consumo de energia feche o ano em queda de 0,5%, o que não acontece desde 2009, no auge da crise financeira internacional, quando o consumo caiu 1,1%.
Pela nova previsão, o consumo total de energia elétrica na rede, este ano, será 16,6 mil gigawatts-hora inferior à projeção anterior, o que equivale à geração de uma usina hidrelétrica de 4.000 megawatts (MW) durante um ano.
Pelas projeções da EPE, a queda refletirá a menor demanda dos consumidores de baixa tensão e o encolhimento ainda maior do consumo industrial. “As alterações no panorama econômico de curto prazo têm reflexo no comportamento do consumo de energia elétrica, o que levou a empresa a rever as projeções para a demanda de energia elétrica em 2015”, avalia a empresa.
As projeções revisadas pela EPE chegam a ser 2,5 pontos percentuais abaixo da previsão anterior, que era de crescimento de 3%, com forte dinâmica do consumo na baixa tensão e recuo do consumo industrial. “A nova projeção mantém essas características, mas incorpora efeitos mais fortes das alterações no panorama, indicando que o consumo total poderá recuar 0,5% neste ano relativamente a 2014.”
Fonte: Agência Brasil / G1
Nas duas regiões, o consumo encolheu em todos os estados. Nas demais regiões, o consumo cresceu a taxas que ainda podem ser consideradas altas: no Norte, a expansão foi 5,8%; no Nordeste, 6,2%; e no Centro-Oeste, 4,9%.
A queda apurada em fevereiro no consumo faturado de energia em baixa tensão é a primeira desde abril de 2008, quando houve redução de 0,4%. Contudo, as razões que levaram ao resultado, concentrado também nas regiões Sudeste e Sul, não autorizam ainda associá-lo ao recente aumento das tarifas, embora já vigorasse o sistema de bandeiras tarifárias.
De acordo com a EPE, apenas nos próximos meses, o consumo de energia deverá refletir as novas tarifas extraordinariamente revisadas e, em alguns casos, acrescidas do aumento ordinário, referente ao aniversário do contrato de concessão.
2015 - A redução da expectativa do crescimento econômico – refletindo cortes nos gastos públicos –, a elevação da taxa de juros, a contração do crédito, a reprogramação dos investimentos e a elevação das tarifas de energia elétrica deverão fazer com que o consumo de energia feche o ano em queda de 0,5%, o que não acontece desde 2009, no auge da crise financeira internacional, quando o consumo caiu 1,1%.
Pela nova previsão, o consumo total de energia elétrica na rede, este ano, será 16,6 mil gigawatts-hora inferior à projeção anterior, o que equivale à geração de uma usina hidrelétrica de 4.000 megawatts (MW) durante um ano.
Pelas projeções da EPE, a queda refletirá a menor demanda dos consumidores de baixa tensão e o encolhimento ainda maior do consumo industrial. “As alterações no panorama econômico de curto prazo têm reflexo no comportamento do consumo de energia elétrica, o que levou a empresa a rever as projeções para a demanda de energia elétrica em 2015”, avalia a empresa.
As projeções revisadas pela EPE chegam a ser 2,5 pontos percentuais abaixo da previsão anterior, que era de crescimento de 3%, com forte dinâmica do consumo na baixa tensão e recuo do consumo industrial. “A nova projeção mantém essas características, mas incorpora efeitos mais fortes das alterações no panorama, indicando que o consumo total poderá recuar 0,5% neste ano relativamente a 2014.”
Fonte: Agência Brasil / G1
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