Em seu discurso, a presidenta da República exaltou a diversidade da matriz energética do Brasil, que possui capacidade de gerar grande quantidade de energia por meio das fontes hídrica, térmica, eólica e biomassa. “Não se põe todos os ovos numa única cesta”, disse a presidenta, que garantiu que serão entregues, em 2015, 6,4 mil MW em novos empreendimentos de geração – potência instalada capaz de gerar energia suficiente para abastecer a região Norte por um ano – e mais sete mil quilômetros de linhas de transmissão.
Apesar de o Brasil possuir uma imensa capacidade de geração, Dilma Rousseff defendeu o uso racional da energia elétrica, especialmente num momento em que o país atravessa uma longa estiagem. “Estamos, de fato, atravessando período de grande seca”, admitiu ela, que pediu à população para combater o desperdício. “A gente tem de defender e lutar pelo consumo racional de energia. É desperdício zero”, exortou.
Já o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, em seu discurso, criticou os “pessimistas” que não creem na capacidade do sistema elétrico brasileiro. “Vamos vencer porque temos um sistema elétrico robusto, inovador, alternativo, que integra o extremo sul ao extremo norte e multiplica as nossas potencialidades. Haveremos de vencer com trabalho, tecnologia, dedicação e firmeza os desafios que muitos pessimistas querem pregar que não vamos vencer”, afirmou Braga.
O empreendimento
O parque eólico Geribatu tem capacidade instalada de 258 MW, capaz de atender ao consumo de aproximadamente 1,5 milhão de habitantes, e é o maior dos três parques que compõem o Complexo Eólico Campos Neutrais (583 MW), além de ser, também, o maior em operação no Rio Grande do Sul. O parque reúne 129 aerogeradores (2 MW de potência cada), distribuídos em dez usinas, que ocupam uma área de 47,5 km². Junto dos outros dois parques – Chuí (144 MW) e Hermenegildo (181 MW), nos quais estão sendo investidos R$ 1,7 bilhão – forma o maior complexo eólico da América Latina, projetando o setor elétrico gaúcho no mercado internacional de energia.
Para escoar a energia dos parques eólicos e integrar a zona sul do estado ao Sistema Interligado Nacional (SIN), favorecendo o desenvolvimento do potencial econômico da região, foi implantado um novo sistema de transmissão, que compreende quase 470 quilômetros de linhas de extra-alta tensão (525 kV), três novas subestações (Santa Vitória do Palmar, Marmeleiro e Povo Novo) e a ampliação da subestação Nova Santa Rita, em um investimento aproximado de R$ 900 milhões. Esse empreendimento foi viabilizado pela parceria entre a Eletrobras Eletrosul e a Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-GT), sócias na Transmissora Sul Litorânea de Energia (TSLE).
O trecho Sul desse sistema, com cerca de 200 quilômetros, está escoando a produção do parque eólico Geribatu, por meio da conexão na subestação Povo Novo com o sistema de alta tensão composto por quase 290 quilômetros de linhas (230 kV) e uma nova subestação, Camaquã 3, pertencente à Transmissora Sul Brasileira de Energia (TSBE) – empresa constituída pela Eletrobras Eletrosul e pela Copel.
O trecho Norte do sistema da TSLE, com 268 quilômetros de linhas em 525 kV, interligando a subestação Povo Novo com a subestação Nova Santa Rita, que opera em teste, reforça a conexão ao SIN e garante maior confiabilidade no escoamento da geração eólica do extremo sul e sua disponibilidade na região metropolitana de Porto Alegre.
Ficha técnica do parque eólico Geribatu
Potência instalada: 258 MW
Número de aerogeradores: 129
Área: 47,5 km²
Investimento: R$ 1,061 bilhão
Empregos gerados: 1,7 mil empregos diretos e indiretos
Parceria: Eletrobras Eletrosul (49%) e FIP Rio Bravo Energia I (51%)
Fonte: Assessoria de Comunicação da Eletrobras* |
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